Entenda por que é preciso manter a flora intestinal equilibrada
Desequilíbrio está associado a doenças como obesidade, diabetes e até desordem neurológica

19/08/2020 | Dicas de Saúde

O equilíbrio da flora intestinal é algo a que normalmente damos pouca importância. O fato é, no entanto, que ele é essencial para o bem-estar e a saúde do indivíduo, e vem sendo associado a uma série de doenças.

A Dra. Paula Mancopes, proctologista da MedCal, explica que a microbiota intestinal, também conhecida como flora intestinal, é o conjunto de microrganismos, como bactérias e fungos, principalmente, que povoam o intestino. “Em condições normais, eles não nos causam doenças nem indisposição”, afirma.

Cada indivíduo possui uma microbiota individualizada, que varia em número e espécie de microrganismos e é influenciada por diversos fatores, como idade, genética, dieta, uso de medicamentos e estado de saúde. “Quando tudo está bem, os microrganismos da flora intestinal ajudam a digerir e absorver os alimentos, estimulam o sistema imune e, junto com a camada epitelial intestinal, formam uma barreira protetora no intestino”, explica a Dra. Paula.

Por outro lado, quando a flora intestinal se desequilibra podem surgir uma série de doenças e problemas que, além de afetar a saúde, podem prejudicar a qualidade de vida do paciente. 

A má alimentação e o uso indiscriminado de alguns medicamentos são os maiores responsáveis pelo desequilíbrio da flora intestinal, chamado disbiose. Quando ocorre esse desequilíbrio, há domínio das bactérias e fungos patogênicos, que acabam se proliferando, desencadeando inflamação local, rompimento da barreira de proteção do intestino e o surgimento de doenças.

“Diversas doenças podem estar associadas a esse desequilíbrio da flora intestinal”, diz a Dra. Paula. “Obesidade, baixa absorção de nutrientes, doenças inflamatórias intestinais, diabetes, doenças cardiovasculares, depressão, desordens neurológicas e tumores são algumas delas.”

Fique ligado

A disbiose pode apresentar sintomas como náuseas, diarreia, eructação excessiva (arroto), refluxo, cansaço constante, dor de cabeça, flatulência, distensão abdominal, dor abdominal e ansiedade, entre outros. 

O diagnóstico é feito através de história clínica, exame físico e, eventualmente, alguns exames diagnósticos.

Tratamento

A disbiose pode ser tratada com mudança de hábitos alimentares, probióticos (medicações com bactérias que ajudam a reequilibrar a flora intestinal) e investigação e tratamento da causa associada.

“Não despreze pequenos sinais ou sintomas, o tratamento precoce da disbiose pode evitar o surgimento de doenças mais graves”, alerta a proctologista da MedCal. Vale prestar atenção e consultar um especialista se você identificar um ou mais sintomas. 

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